“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós!”


   Ler e refletir o prólogo de S. João, sobretudo, nesta época em que nos preparamos para o Natal, faz-me “imergir” no grande mistério da incarnação do Filho de Deus.

   O prólogo de S. João descreve um processo desde a incompreensão de Deus neste mundo à compreensão «perfeita» através da glória de Deus no Logos humanado. Os primeiros versículos do primeiro capítulo de S. João introduzem o grande protagonista do Evangelho, o Logos feito carne, e o encontro de Deus com os homens.

   O Logos de Deus é a Palavra por excelência, palavra criadora, que agora aparece em Pessoa humana. Aqui estamos, nesta contemplação de Deus, que resolve vir assim no Menino de Belém, Jesus, o Salvador! Este movimento do Céu à terra, é o mistério da incarnação; incarnação da Palavra, do Logos!

   Aquele Menino que tinha sido anunciado como o Emanuel, nome que significa “Deus connosco”, é o eterno desejo de Deus de entrar em diálogo connosco, de nos atrair para a comunhão de amor. Aquele Menino é o Logos/Verbo eterno de Deus. “E o Verbo fez-se carne e habitou entre nós” (Jo. 1,14). É toda a profundidade da nossa fé e o sentido último da existência humana que estão contidos nesta incarnação do Verbo de Deus.

   Desta forma, é no Presépio que percebemos que a vida humana possui um sentido único: divino e humano ao mesmo tempo. Deixemo-nos maravilhar pela ternura do presépio e não deixemos de ir a “Belém” através deste tempo da contemplação que é Deus feito Menino.

   É assim, que deixo a todos, sem exceção, votos de um Santo e Feliz Natal.

 

                                                                          Ir. Maria João Garcia

 

   Se desejarem fica o convite de podermos conversar sobre o Prólogo de S. João ou outros assuntos que nos inquietam, na companhia de um café.